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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Sentimentos relacionados à afetividade aumentam a temperatura corporal


Por João Mello Bourroul

Cientistas da Universidade de Granada, na Espanha, chegaram à conclusão de que é possível quantificar o calor de uma paixão, ao melhor estilo das músicas que embalam as playlists de casais apaixonados. No experimento, 60 voluntários — assumidamente apaixonados — receberam imagens de seus namorados (as) enquanto eram analisados por uma câmera responsável por verificar a temperatura do organismo. 

Os pesquisadores observaram, então, um fenômeno que pode ser definido como a expressão física da paixão: a temperatura da região das bochechas, mãos, boca, peito e genitália subia entre 1°C e 2°C. Em outro teste, os participantes ficavam com as mãos submersas em água a 0°C por dois minutos, sendo filmados pela câmera térmica no momento em que secavam as mãos. Os voluntários que olhavam para imagens de seus amados recuperavam a temperatura corporal considerada normal em quatro minutos, dois minutos a menos que o tempo esperado.
O estudo faz parte de um projeto que pretende mapear as regiões de calor em situações de diferentes expressões das emoções humanas, como tristeza, alegria, raiva e inveja. “A temperatura corporal é sensível ao estado psicológico e emocional da pessoa”, afirma Emilio Gómez, professor do departamento de Psicologia da Universidade de Granada e responsável pela supervisão da pesquisa. “Nossas mãos, por exemplo, esfriam com o medo, mas são aquecidas pela raiva.” A paixão, aliás, também pode moldar seu sistema imunológico: uma pessoa que convive por muito tempo com outra pode ter até 50% da variação de seu sistema imunológico reduzida. Em um trabalho desenvolvido pelas universidades de Cambridge, no Reino Unido, e de Leuven, na Bélgica, os cientistas afirmaram que isso ocorre por conta das semelhanças do estilo de vida compartilhado pelos casais, que vivem em um mesmo ambiente e possuem hábitos semelhantes. Mas nada de dividir a escova de dentes, combinado?

Texto Original: Revistagalileu

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